quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Canteiro



Recolhi os poemas e cartas, minhas canetas e papéis, e os enterrei. Não quero mais. Quero a lembrança doce das palavras, melhoradas pela imprecisão da memória falha. Fico com a ilusão do sonho, do que poderia ter sido, tão melhor do que o que teria realmente acontecido!
Agora no jardim, entre os espinhos das roseiras, há um canteiro de amores-perfeitos, e não posso evitar um sorriso no canto da boca, com a lembrança do que os alimenta.

Nenhum comentário: