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terça-feira, 15 de abril de 2008

Fechado para balanço


Às vezes chegam momentos em que a gente tem que se fechar um pouquinho, pensar nas coisas que têm acontecido, pra entender melhor, para perceber como nos sentimos depois de removidos os impulsos de momento, as dúvidas sem resposta.

E às vezes, nem um período desses resolve. A confusão permanece, a insegurança, as incertezas. A vontade de acertar, o desejo de entender, de saber por que a rosa é diferente das outras rosas, de olhar mais de perto e ver que mesmo essa rosa tem lá as suas duas ou três lagartinhas.

Me criticam porque sou frio, me criticam porque sou apaixonado.. sou assim, contraditório. Desculpe, não posso evitar. Não sei como me portar, não encontrei ainda o manual de instruções dessa coisa chamada "vida". Às vezes a gente fica sem saber qual botão apertar, qual alavanca puxar, e na ânsia de acertar, acabamos fazendo de mais ou de menos. Não existe ponto certo, não existe ideal. O ideal é ilusório, o que podemos fazer é tentar o melhor possível dentro do que conhecemos, dentro do que nos aparece.

E depois desse "fechado para balanço", é questão de voltar à vida, levando em frente, buscando aquela gota de orvalho.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Cativa-me!

A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:



- Por favor... cativa-me! disse ela.

Desejo


O que eu desejo? Essa é uma pergunta difícil de ser respondida. Desejamos muitas coisas, muitos graus da mesma coisa. Mas o que seria o ideal, pra não se atropelar como a criança que come 10 barras de chocolate de uma vez?

Um passeio no parque, um entardecer no café, um show, um cinema, o largo da ordem na manhã de Domingo, o Botânico no pôr do sol de um dia qualquer.

O que desejo é um namoro de criança, o namoro de conhecer, de se permitir a aproximação gradual. O namoro onde até a mão dada é estranha, onde o beijo roubado é proibido, onde cada novo encontro é precedido de imensa expectativa. Quero a chance de me aproximar mais, devagarinho, de poder conhecer e ser conhecido, de cobrir essa lacuna enorme de tanto tempo passado sem que um soubesse da existência do outro. Sem promessas, sem neuras. Só a chance de nos conhecermos melhor. Simples assim.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

A nova espera


Às vezes enxergamos as coisas como gostaríamos que elas fossem, nossos desejos nos iludindo, distorcendo nossa percepção. Cabe ao observador filtrar isso, ou reconhecer a possibilidade de distorção e levá-la em conta antes de se tomar aquilo como verdade.

Assim, agi como achei que deveria, mas a miragem era realmente apenas parcialmente real. Não me arrependo, faria de novo, acho que a chance de dar certo fez com que valesse a pena o risco.

Agora estou aqui, à porta, curioso, desejoso de ver mais, de entrar nesse admirável mundo novo. Talvez o portão se abra, talvez não... quem sabe? Não eu...

A gota de orvalho caiu da pétala de flor. Mas vejo uma pluma no chão, talvez soprando juntos, consigamos fazê-la voar bem leve em sua vida breve, enquanto houver vento sem parar. Enquanto isso, vou esperando.. observo, aguardo, paciente, a chance de espiar o mundo por trás do portão.

Será?


Será que ela está pensando em mim?
O que se passa na mente dela? Que dúvidas? Alguma certeza? Vontades? Quais?
Não tenho pressa, mas tenho minhas dúvidas também, perguntas, questionamentos... Me perco em meus pensamentos, e quando vejo, o tempo passou, e estou um tiquinho mais próximo de descobrir a resposta pra mais uma pergunta, abrir mais um pouquinho a cortina.
Penso? Questiono? Imagino? Claro!
É natural a gente ficar divagando sobre as coisas boas que acontecem com a gente.

Gota de orvalho


...e cai o pano.
Fui descoberto. Ou me revelei? Não sei. Mas é boa a sensação do pano caído, o spot no rosto, mesmo que a platéia seja tão pequena. A importância da platéia não é proporcional ao seu tamanho.

Encontrei uma pétala de flor com uma gota de orvalho. A luz da manhã oscilando, refratando mil cores, fractais de luz na lágrima formada.

Tenho sorte. Mais uma entrada na minha lista de coisas que me fazem bem.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Miopia


"Você é muito fechado", me dizem alguns. É porque ainda não chegaram perto o bastante. É difícil eu deixar que alguém entre no meu mundo, mas quando acontece, é como se sempre tivesse estado lá. De longe sou um sério, fechado, sisudo até. De perto, sou outro. É uma miopia do observado, não do observador.

Isso às vezes me atrapalha um pouco, afasta as pessoas. Sei que minha primeira impressão geralmente não é das melhores. Mas me dê uma chance, e te mostro que no peito dos mal-humorados também bate um coração...