2008 foi um ano de reconstrução. De juntar os cacos, fazer curativos, riscar o passado. Foi um ano de amar muito, e não importa que não tenha dado em nada. Valeu o amar, o saber que ainda é possível sentir isso, que as cicatrizes não petrificaram o coração. Foi um ano de escrever, de maneira inconstante, mas honesta, aberta. De ir em frente, arriscar, de largar o guarda-chuva em casa e sentir o gosto da água que cai do céu, mesmo que seja fria e imprevisível. De escutar meu nome nos ecos soprados pelo vento, tentar responder e não encontrar nada lá. De aceitar que, embora a companhia faça toda a diferença, isso não é algo que se arranca de alguém.
Foi o ano de casa nova, de corpo e alma. De escrever os erros na parede da sala, para não me esquecer deles, e guardar os acertos em envelopes na cabeceira da cama, para saborear mais uma vez antes de dormir. Foi neste ano que eu quis congelar o tempo, rodar horas para trás, escutar outros sons, ir a outros lugares, ver outras pessoas, provar outros sabores, me envolver noutras cores.
Reconstruí meu castelo, mas com portas amplas, sem chave na porta, para meus amigos entrarem. Cuidei do meu tempo, do meu futuro e do meu passado, mas ignorei um pouco o presente. Me vi de repente em turbilhões, querendo despertar para me descobrir em meio a um sonho tumultuado.
Está quase acabando. Daqui a pouco vejo o que está realmente acontecendo à minha volta. O pior já foi, agora é só esperar a poeira baixar.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Retrospectiva
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2 comentários:
2009: pode vir quente que estou fervendo!!!!!!!
srrrsrr...
querido...
valeu por neste ano que passou ter dividido algumas coisas com vc.....uma pena uma das terriveis coisas que aconteceram em 2008, ter feito não te conhecer!
para mim, xo, 2008.
mas, se ficou uma lição está será:
amor!!!!!!!!
sempre
dar e receber
sempre
de qualquer tipo
amor
O poeta foi ao inferno e voltou?
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